Damsel (2024)

Outro filme da Netflix chega às telas, desta vez com um orçamento decente e um punhado de ideias promissoras. Mas, infelizmente, mais uma vez, eles erram o alvo, nos deixando com um conto previsível.

Vou ser sincero – eu não sou exatamente o maior fã da Millie Bobby Brown. Mas crédito onde é devido, ela arrasa em seu papel neste filme. No entanto, minha queixa está em outro lugar. Por que recrutar o roteirista de “Fast X” e “Fúria de Titãs”, e juntá-lo com um diretor cujo último filme foi há 13 anos – e foi um fracasso?

Apesar de seus defeitos, “Damsel” consegue oferecer algum interesse. A reviravolta no clássico trope “Dama em perigo” injeta uma dose de diversão, e não se pode negar o apelo visual do filme, especialmente durante as sequências repletas de ação onde Brown brilha. Mas, infelizmente, a previsibilidade paira grande, graças às pistas pesadas espalhadas por toda parte.

Agora, aqui está um pet peeve meu em filmes: quando os personagens tagarelam consigo mesmos, detalhando cada detalhe porque o roteirista e o diretor duvidam de nossa capacidade de acompanhar. Infelizmente, “Damsel” cai nessa armadilha mais do que a maioria.

Enquanto Brown carrega o peso do filme admiravelmente, o elenco de apoio não está exatamente à altura. Francamente, toda vez que outra pessoa aparece na tela, me pego desejando que um dragão apareça e nos salve de suas performances medíocres. Pobre Nick Robinson, pós-“Com Amor, Simon”, ainda estamos esperando que ele nos encante novamente. Depois disso, não estou contendo a respiração.

A Netflix parece estar apostando no poder estrelar de Brown, de “Stranger Things” a “Enola Holmes”, e agora isso. E embora sua estratégia possa estar funcionando, atraindo milhões de espectadores, eles poderiam mirar mais alto investindo em talentos de primeira linha tanto na frente quanto atrás das câmeras.

Agora, estou curioso – qual é sua performance favorita de Millie Bobby Brown?