“Prey” (2022)

Há 35 anos, foi apresentado ao mundo um dos monstros mais legais em um filme que ainda é considerado um clássico hoje em dia. Foi o filme que lançou John McTiernan como diretor antes de “Die Hard”. Estabeleceu Schwarzenegger como o astro principal de filmes de ação e começou uma tentativa constante de reproduzir a magia desse filme em sequências e crossovers que nunca chegaram perto do primeiro filme. Até agora, 35 anos depois, temos um filme que pode ser ainda melhor que o primeiro em alguns elementos, e curiosamente, é o único que não podemos ver no cinema.

“Prey” entendeu o desafio. Dan Trachtenberg mostrou novamente, após “Rua Cloverfield, 10”, que sabe como olhar para esses “filmes grandes” e entender o que fez as plateias amá-los. Em “Predador”, ficou evidente que o segredo estava em quando o grande herói de ação se tornava o underdog e precisava usar sua inteligência para derrotar o alienígena mais avançado tecnologicamente. Então, como podemos fazer isso agora, quando somos tão avançados como espécie? Bem, voltamos ao passado.

Ao fazer isso, ele criou um ponto de partida perfeito para continuar adicionando grandes elementos, sendo o maior deles a decisão de focar a história nesta jovem que, em um mundo de homens, quer provar que é igual ou até superior a eles. Isso se traduz perfeitamente para o que se torna sua “caçada” e o que torna tudo isso funcional é a escolha de Amber Midthunder para o papel.

Midthunder é incrível neste filme, ela entrega as cenas dramáticas mais pesadas, mas é nas cenas físicas e “furiosas” que se destaca. E, honestamente, em um momento em que todos estão se perguntando quem deve interpretar Tomb Raider, ela é nossa principal escolha após este filme.

Visualmente, o filme é deslumbrante; cada tomada neste filme é linda e Jeff Cutter nunca usa a escuridão ou a neblina para esconder erros, mas para criar um clima que realmente funciona para este filme.

Para todos os que estavam preocupados se a Disney teria coragem de lançar filmes para maiores de idade por causa do Disney+, assistam a este filme. Provavelmente é o filme do Predator mais sangrento que já tivemos, e isso funciona porque parece natural.

Eu queria que a última cena de “Prey” fosse mais longa e que pudéssemos vê-la no cinema. Não consigo entender como as pessoas do estúdio assistiram a este filme e não viram que seria um sucesso nos cinemas.

Sinceramente, acho que merecíamos isso. Depois de assistir “O Predador” nos cinemas em 2018, realmente acho que merecia um ingresso grátis para assistir “Prey” no Imax.

Você já viu? O que achou?

Que filme cheio de ação você acha que merece outro oportunidade?