Love Lies Bleeding (2024)
Rose Glass ainda pode estar voando sob o radar para muitos, mas marquem minhas palavras, este filme está prestes a catapultá-la para a estratosfera cinematográfica.
De volta em 2019, Glass nos presenteou com a maravilha assombrosa que é “Saint Maud”, uma joia que muitas vezes se esconde na sombra dos maiores sucessos da A24. No entanto, com “Love Lies Bleeding”, ela ascende a um novo patamar de habilidade narrativa.
Esta maravilha cinematográfica desafia a categorização, entrelaçando sem esforço uma tapeçaria de gêneros e temas. É uma sinfonia de drama sobreposta a um envolvente thriller de crime, temperado com uma pitada de romance e salpicado com comédia negra. Sim, é pouco convencional, e é exatamente por isso que está destinado a polarizar o público – mas para aqueles que abraçam seu espírito audacioso, é uma viagem inesquecível.
Por anos, ouvi sussurros sobre o talento de Kristen Stewart, mas não foi até “Love Lies Bleeding” que realmente me tornei um crente. Stewart é nada menos que hipnotizante, comandando cada quadro com uma intensidade sem esforço que a marca como uma performer poderosa. E não podemos ignorar a química elétrica que ela compartilha com Katy O’Brian; sua dinâmica injeta no filme uma autenticidade palpável que eleva cada cena. Se apenas Stewart tivesse encontrado essa química com Robert Pattinson em “Crepúsculo”, talvez a saga tivesse tomado uma dimensão completamente nova.
Mas vamos dar crédito onde é devido – a performance de Katy O’Brian é uma revelação. Ela habita seu papel com uma presença tão imponente que se torna uma força da natureza na tela, crescendo em estatura a cada momento até que entrega uma performance climática que é tanto um feito físico quanto um testemunho de seu talento em evolução.
Visualmente deslumbrante, graças à cinematografia magistral de Ben Fordesman, cada quadro parece uma pintura ganhando vida, preparando o palco para a narrativa envolvente de Glass. E a trilha sonora de Clint Mansell, reminiscente de seu trabalho icônico em “Cisne Negro” e “Réquiem para um Sonho”, se entrelaça perfeitamente na trama do filme, amplificando sua ressonância emocional.
“Love Lies Bleeding” é mais um triunfo para a A24, um testemunho do compromisso do estúdio em ultrapassar limites e promover talentos audaciosos e visionários. É um marco para todos os envolvidos e uma experiência cinematográfica imperdível.
Então, queridos cinéfilos, lanço uma pergunta: Qual, na sua opinião, é a joia mais subestimada no catálogo ilustre da A24?