“Missing” (2023)
Uma das coisas que aprecio em qualquer tipo de media ou criador é a capacidade de trazer algo para a mesa que nunca vimos antes, e há muito poucas vezes em que senti isso.
Ao olhar para trás, poderia destacar “Memento” de Nolan e “Searching”; a forma como utilizam a edição e constroem a narrativa em torno dela, os formatos e como os capturam para torná-los realmente imersivos.
“Missing” eleva-o a novos patamares; a história não é tão poderosa ou credível como “Searching”, mas é muito mais interessante do que os filmes “Unfriended”, embora seja muito “maior” em escala, o que a torna muito mais impressionante em termos de escrita.
Para que este filme funcione, precisamos acreditar que cada cena capturada se encaixa na história, e isso é a coisa mais difícil que precisam alcançar, e eles realmente conseguiram.
Storm Reid é outra razão pela qual este filme funciona, como “Searching”, este filme é 90% liderado pelo ator principal, e Reid conseguiu.
Ela é capaz de nos fazer acreditar em cada situação, mesmo quando são situações improváveis, ela nos faz acreditar do início ao fim.
A história desta vez é um pouco mais complicada, e depois de certo ponto, começamos a perceber onde tudo está indo, e quando a reviravolta chega, não estamos 100% surpresos ou mesmo a bordo, mas por causa de toda a grande construção, damos-lhe alguma folga.
Não posso dizer que os diretores, Nicholas D. Johnson e Will Merrick me surpreenderam, mas quando consideramos que este é o seu primeiro filme e que não é um filme simples de abordar, temos que dar nossos parabéns e dar-lhes o benefício da dúvida.
Além disso, sendo português, preciso dar um shout-out a Joaquim de Almeida, que tem um pequeno papel, mas faz um ótimo trabalho, muito natural e discreto, mas é uma peça essencial para o filme funcionar.
Recomendo completamente este filme, e espero que Timur Bekmambetov seja capaz de levar este formato a outros gêneros e continuar elevando a fasquia.
Você já viu este filme? O que achou?
Qual filme o surpreendeu ao trazer outra maneira de abordar a narrativa?
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